O SWEET é
uma das maiores bandas da história do Rock, tendo sido regravada por dezenas de artistas e influenciado grandes nomes
como DEF LEPPARD, POISON, JOAN JETT, MOTLEY CRUE e KISS. Com um som diferenciado e
contagiante, misturando Glam, Heavy e Hard Rock, o grupo vendeu mais de 55 milhões de discos pelo planeta.
A história
do SWEET começou ainda no final da década de sessenta, quando BRIAN CONNOLLY (voz)
e MICK TURNER (bateria) deixaram o WAINWRIGHTS GENTLEMEN (banda que teve IAN GILLAN nos vocais) e se juntaram a STEVE PRIEST (baixo/voz) e FRANK TORPEY (guitarra solo) para formar o SWEETSHOP. Com esta formação lançaram o compacto “Slow
Motion”. O fracasso do single logo ocasionou a quebra do contrato com a
gravadora Fontana.
A banda
assinou com a Parlophone e gravou um novo single, “Lollipop Man”. Mais um insucesso. Mesmo parecendo cedo demais
FRANK deixou a banda, sendo substituído por MICK STEWART. Apesar de lançarem
mais dois singles (“All You’ll Ever Get From Me” e “Get on the Line”) o cenário
continuava imutável para o grupo.
As duas primeiras formações do SWEETSHOP |
Esses primeiros
compactos do SWEETSHOP nunca foram editados em um álbum de carreira, apenas em
um LP chamado Gimme Dat Ding, que
reunia também a banda THE PIPKINS. Esse disco foi lançado em pelo menos três
oportunidades, com capas diferentes. Alguns consideram este como o primeiro
album da banda. Alías, trata-se de um vinil bastante raro.
Em 1970
ocorreu a mudança que consagraria a formação clássica da banda: MICK STEWART deu
lugar a ANDY SCOTT (guitarra solo/voz). O quarteto resolve mudar o nome do
grupo para THE SWEET. As mudanças trouxeram bons frutos. No ano seguinte, o Single
“Funny Funny” foi lançado com êxito e introduziu a banda na mídia televisiva local.
Logo em seguida veio a ótima “Co-Co”, que atingiu o segundo lugar das paradas
do Reino Unido. Ambas foram compostas pela brilhante dupla NICKY CHINN e MIKE CHAPMAN,
responsável por dezenas de grandes sucessos musicais.
Ainda em
1971 a banda lançou seu primeiro album: Funny
How Sweet Co-Co Can Be saiu pela gravadora RCA e teve uma estréia abaixo
do esperado, não passando da posição 40 nas paradas. Posteriormente a
banda lançou os single-hits “Poppa Joe”, “Wig-Wag Bam” e “Little Willy” em
questão de poucos meses, sendo que esta última logo atingiu a terceira posição
nas paradas norte-americanas. Com o rápido sucesso, a banda teria uma coletânea
lançada pela RCA em dezembro daquele ano, chamada Sweet’s Biggest Hits.
A banda faria
um arregaço no planeta nos próximos dois anos: Em 1973, as sirenes
ensurdecedoras de “Blockbuster” soaram forte no topo das paradas britânicas. Na
sequência, “Hell Raiser” chutou os traseiros em todo o Reino Unido e a
avassaladora “Ballroom Blitz” invadiu as pistas e as paradas. Enquanto isso, a banda ainda colhia os frutos
de “Little Willy”, medalha de bronze nos charts
norte-americanos.
Em 1974 os
gritos de “We Want SWEET!!!” tomaram
conta das rádios: Era “Teenage Rampage” deixando as empregadas completamente perturbadas.
Em seguida é lançado o impressionante Sweet
Fanny Adams. Todas as nove faixas do disco eram hits absolutos: "Set Me Free", "Heartbreak Today", "No You Don't", "Rebel Rouser", "Peppermint Twist", "Sweet FA", "Restless", "Into the Night" e "ACDC". E não para
por aí: de julho a novembro saem do forno “The Six Teens” e “Turn It Down”, sendo
que esta teve uma aceitação menor nas rádios devido ao conteúdo da letra. Não
teria sido a primeira vez que o som do quarteto sofria algum tipo de restrição.
O glorioso
ano do quarteto também marcou o fim da parceria entre a banda e a dupla CHINN/CHAPMAN. Um dos possíveis
motivos do rompimento foi o desejo da banda em alcançar nos Estados Unidos o
mesmo sucesso que possuía na Europa, produzindo seu próprio material. Ainda houve
tempo para o lançamento do disco Desolation
Boulevard, que continha a incrível "Solid Gold Brass". Essa foi uma espécie de coletânea lançada com faixas diferentes na Europa
(como "Breakdown") e nos Estados Unidos.
Em 1975, o
lançamento de Strung Up trouxe um
vinil duplo, com um disco ao vivo e outro contendo singles da banda, incluindo a
destruidora “Action”, a avassaladora “Burn on the Flame” e a versão
definitiva e antológica de “Fox on the Run”, música que atingiu a segunda
posição nas paradas britânicas e décima posição nas paradas norte-americanas. A
faixa fez estrondoso sucesso no Brasil e consolidou a banda por aqui.
No ano
seguinte, o grupo lançou o disco Give Us
A Wink, com a famosa “capa do olho”. Destaque para a faixa “Lies in Your Eyes” (Top 10 na Alemanha). Em 1977, a banda lançou Off the Record, com as sensacionais “Fever of Love” e “Lost Angels”,
além de duas tijoladas que não foram para as rádios: “Midnight to Daylight” e “Windy
City” . O álbum foi seguido de “Stairway to the Stars”, single não incluído nos
discos de carreira da banda.
No mesmo
ano, já pela gravadora POLYDOR, lançaram Level
Headed, com o single "California Nights" e a balada “Love is Like Oxygen”. Esta foi a última música do
quarteto a atingir um Top 10. Em 1978, a banda enfim excursionou pelos Estados
Unidos, quando abriu shows para grupos menores como BOB SEGER AND
THE SILVER BULLET BAND. No Brasil, a gravadora RCA lançou a série “Disco de Ouro” incluindo o SWEET. O
vinil virou referência para os fãs tupiniquins.
Os problemas
de BRIAN com a bebida começaram a se agravar. Em um show em Birmingham, onde alguns executivos da
gravadora CAPITOL estavam presentes, CONNOLLY subiu ao palco completamente
embreagado e a apresentação terminou sem a presença do vocalista. Por essas e outras o vocalista deixou a banda no dia 23 de fevereiro
de 1979. Alguns relatos dão conta de que RONNIE
JAMES DIO foi convidado a substituí-lo, mas o baixista STEVE PRIEST não teria
concordado com o convite. Logo em seguida, DIO assumiu os vocais do BLACK
SABBATH.
ANDY SCOTT,
STEVE PRIEST e MICK TURNER resolveram então continuar com o SWEET como um trio.
Em 1979 o grupo lançou Cut Above The Rest, que abre com a faixa "Call Me".
No ano seguinte gravaram Waters Edge, contendo "Sixties Man" e "Give the Lady Some Respect".
Este disco foi lançado nos Estados Unidos com o nome VI (famoso vinil da capa vermelha). Em 1981 lançaram Identity Crisis, o último album desta
formação. Este também é o disco de carreira mais difícil de encontrar. Uma
curiosidade: estes três álbuns contaram com a participação do tecladista GARY
MOBERLY.
Em 20 de
março de 1981, o trio fez seu último show na Universidade de Glasgow, na
Escócia. Era o fim de um dos maiores fenômenos do Rock mundial.
Depois de gravar alguns singles em carreira solo, o ex-vocalista BRIAN CONNOLLY resolveu criar a sua versão da banda em 1984,
batizada de NEW SWEET e posteriormente BRIAN CONNOLLY’S SWEET. A banda de BRIAN sofreu
cerca de seis alterações em sua formação e gravou um álbum chamado Let’s Go (1995), contendo regravações do
velho SWEET e três canções inéditas.
Após lançar
três singles em carreira solo, ANDY SCOTT reuniu-se com MICK TURNER em 1985 e reformou
o SWEET, o qual foi batizado de ANDY SCOTT’S SWEET e contou com as
participações de MALCOLM McNULTY (atual vocalista do SLADE) e PAUL MARIO DAY
(primeiro vocalista do IRON MAIDEN). STEVE PRIEST teria recusado um convite para participar
da formação. O SWEET de ANDY
SCOTT lançou os álbuns Live At The
Marquee (1989), A (1992), Alive and Giggin’ (1995), The Answer (1995), Glitz, Blitz and Hitz (1996), Sweetlife (2002) e New York
Connection (2012). ANDY também compôs e produziu para a rainha do Glam Rock, SUZI QUATRO.
Em 1988 o
que parecia impossível aconteceu: os quatro integrantes originais do SWEET se reuniram.
MIKE CHAPMAN se juntou ao quarteto para regravar os clássicos “Action” e
“Ballroom Blitz” em Los Angeles. Nesse período, o vocalista BRIAN CONOLLY
apresentava sérios problemas de saúde causados pelo alcoolismo. Por este motivo
tais regravações ficaram horríveis (especialmente "Ballroom Blitz").
Em 1990, uma nova reunião com a formação clássica foi realizada, desta vez para
promover o lançamento do Home Video Ballroom
Blitz, em Londres (assista, em inglês: Parte 1 e Parte 2). Mas a volta do quarteto parou por aí.
No ano de
1991, o baterista MICK TURNER abandonou o ANDY SCOTT’S SWEET devido a problemas
de saúde. No ano seguinte, o lançamento do filme Wayne’s World (Quanto mais
idiota melhor) trouxe a música “Ballroom Blitz” de volta ao sucesso na voz da bela TIA CARRERE.
Em 1996, o
documentário televisivo Don’t Leave Me
This Way (assista, em ingles: Parte 1, Parte 2 e Parte 3) mostrou o triste e melancólico final de carreira de CONNOLLY
que, naquela altura, precisava da ajuda de um integrante da banda para chegar à
frente do palco. Em 09 de fevereiro de 1997, BRIAN CONNOLLY morreu de ataque cardíaco em um hospital aos 51 anos, para a tristeza de milhares de fãs em todo o mundo.
Mesmo com a morte de CONNOLY, os integrantes de sua banda continuaram a se
apresentar com o nome de BC SWEET.
Em 14 de
fevereiro de 2002, o baterista MICK TURNER faleceu após lutar por vários anos contra a leucemia. MICK foi enterrado em uma
sepultura sem nome, em Chorleywood.
Em 2006,
depois de onze alterações em seu line-up,
o ANDY SCOTT’S SWEET encontra uma sólida formação com ANDY SCOTT (guitarra
solo/voz), PETE LINCOLN (voz/baixo) STEVE GRANT (teclado/violão/sintetizador) e
BRUCE BRISLAND (bateria). Por se tratar
da única versão do SWEET na ativa, a banda voltou a utilizar o nome THE SWEET.
Em 2007, o
SWEET esteve pela primeira vez no Brasil para alguns shows da turnê Sweet Fanny Adams. Apesar de algumas
datas canceladas, a banda se apresentou em Porto Alegre e Curitiba. Segundo publicação no site oficial da banda, o show realizado em Curitiba registrou o público mais
louco que o quarteto presenciou até hoje.
No ano
seguinte, STEVE PRIEST reapareceu em Los Angeles e anunciou o STEVE PRIEST’S
SWEET, uma versão “americanizada” e com cinco integrantes. A banda de STEVE gravou Live In America (2008) e Sweet
Live Are You Ready (2011). Em 2011 STEVE PRIEST veio ao Brasil para abrir o show do grupo JOURNEY.
Em 2010 um fato curioso: a banda de ANDY SCOTT se apresentou sem o próprio. Por questões de saúde ANDY ficou de molho, sendo substituído por MARTIN MICKELS em duas apresentações realizadas na Dinamarca.
A banda
de SCOTT ainda sofreu uma última alteração em seu line-up. STEVE GRANT se afastou do grupo dando lugar a TONY O'HARA, que já havia trabalhado na banda. Em março de 2012, o
SWEET lançou New York Connection, um
excelente disco com regravações de clássicos. Destaque para as
faixas “New York Groove” (RUSS BALLARD) e “Blitzkrieg Bop” (RAMONES).
SWEET: nova formação e novo disco |
Atualmente, ANDY
SCOTT e STEVE PRIEST seguem se apresentando com suas respectivas formações e
levando o som do SWEET a diversas partes do mundo.
DISCOGRAFIA (formação original):
Funny How Sweet Co-Co Can Be (1971)
Sweet Fanny Adams (1974)
Desolation Boulevard (1974)
Give Us a Wink (1976)
Off the Record (1977)
Level Headed (1978)
Cut Above the Rest (1979)
Waters Edge
(1980)
Identity Crisis (1982)
DISCOGRAFIA (ANDY SCOTT):
Live At The Marquee (1989)
A (1992)
Alive and Giggin’ (1995)
The Answer (1995)
Glitz, Blitz and Hitz (1996)
Sweetlife (2002)
New York Connection (2012)
DISCOGRAFIA (BRIAN CONNOLLY):
Let's Go (1995)
DISCOGRAFIA (STEVE PRIEST):
Live in America (2008)
Sweet Live Are You Ready (2011)
DISCOGRAFIA (ANDY SCOTT):
Live At The Marquee (1989)
A (1992)
Alive and Giggin’ (1995)
The Answer (1995)
Glitz, Blitz and Hitz (1996)
Sweetlife (2002)
New York Connection (2012)
DISCOGRAFIA (BRIAN CONNOLLY):
Let's Go (1995)
DISCOGRAFIA (STEVE PRIEST):
Live in America (2008)
Sweet Live Are You Ready (2011)
O Especial Melhores do Rock traz um resumo biográfico de grandes nomes do Rock and Roll. São textos próprios, enriquecidos com imagens e links que visam levar ao público um conteúdo diferenciado.
Ôpa, eu curto muito o som desta grandiosa banda inglesa e gostaria de saber se o lp " Desolation Boulevard" saiu edição no Brasil, pois eu o procuro a muitos anos e nunca vi uma cópia nacional.
ResponderExcluirVc se interessa pelo lp give us a winck
ExcluirOlá, Jorge Tavares.
ResponderExcluirDesconheço a versão nacional desse LP e não creio que exista. O meu é importado e comprei há um tempo na Só Música. De vez em quando ele aparece pelas lojas e feiras de vinil. É chatinho de achar mas não TÃO raro.
Obrigado por acompanhar o Blog. Um forte abraço.
Att,
Denis Luiz
Eu tenho o give us a winck...quem se interessar eu vendo....70,00 (com encarte nacional. ..em bom estado)
ResponderExcluirSimplesmente,A MELHOR BANDA DE HARD ROCK DO MUNDO, juntamente com o Queen!
ResponderExcluirO primeiro disco que comprei na vida foi do Sweet, isso em 1981, na passagem da banda por Curitiba consegui o autógrafo da banda em um CD, pra mim foi um sonho, apesar de ser apenas o Andy Scott da formação original.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, Sandro. Mesmo sendo apenas o Andy Scott, certamente valeu a pena. Um show histórico.
ResponderExcluirUm grande abraço. Siga o blog!
Att,
Denis Luiz
A matéria está errada...
ResponderExcluirA discografia da formação original só vai até o Level Headed, apartir daí é com outro vocalista.
Não, não está errada!
ResponderExcluirQuem canta nos últimos três discos da formação clássica da banda são os três integrantes remanescentes: o guitarrista ANDY SCOTT, o baixista STEVE PRIEST e até o baterista MICK TURNER. Nenhum vocalista assumiu a vaga deixada por BRIAN CONNOLLY.