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26 de setembro de 2018

RELANÇAMENTO DE DISCOS SOLOS DO KISS EM BOX ESGOTA IMEDIATAMENTE NO SITE OFICIAL

O novo lançamento vinílico do KISS não chegou a amornar no estoque. Trata-se de uma caixa comemorativa de 40 anos dos discos solos dos integrantes da banda, lançados originalmente em 1978. Mal foi anunciada, com lançamento previsto para o dia 15 de outubro, simplesmente esgotou-se.  


A box, contendo os quatro álbuns em vinil colorido, além de posteres, camiseta, porta copos, broches e flanela para toca-discos, estava disponível exclusivamente no site oficial da banda. O preço  - sem correios - era de US$ 299,95 (ou R$ 1.220). 

Um prato cheio para colecionadores em geral.


By the way...

COMO CADA INTEGRANTE DO KISS LANÇOU SEU PRÓPRIO ÁLBUM DENTRO DA DISCOGRAFIA DA BANDA, SE OS DISCOS SÃO SOLO?

Explico: Depois da explosão musical do álbum duplo Alive! em 1975 (o melhor disco ao vivo de todos os tempos segundo a Billboard) e da consagração sonora com o sensacional Destroyer em 1976, o KISS tornou-se um frenesi entre os adolescentes norte-americanos. A consequência disso foi uma quantidade incontável de produto criados e licenciados com a imagem e nome da banda. De goma de mascar a máquina de Pinball. 

Isso sem falar em um filme chamado KISS Meets The Phantom Of The Park, que, segundo o guitarrista PAUL STANLEY. foi algo como "Star Wars encontra A Hard Days Night" (risos).

Aliás, tal filme foi exibido na Sessão da Tarde aqui no Brasil na década seguinte (veja um trecho logo abaixo).

Naturalmente, os integrantes da banda (em especial o baixista GENE SIMMONS) aproveitaram aquele período pra faturar como nunca. Mas tal exposição trouxe, além dos milhões de dólares, muito, mas muito desgaste pessoal.

Em 1978, além da rotina e da pressão sobre o quarteto, os excessos do baterista PETER CRISS (digamos, pelo seu "faro") e do guitarrista ACE FREHLEY (que nunca estava de goela seca) fizeram com que os dois resolvessem deixar a banda em busca de carreiras e discos solo. Seria o fim da formação original. 



GENE e PAUL não queriam isso. Foi então que os dois "gestores" da banda, no desespero de não quebrar a "magia" da formação original e de não emperrar a máquina de fazer dinheiro que a banda havia se tornado, toparam lançar quatro discos solo - um de cada integrante - sem desmanchar a banda. Tal fato é único na música até hoje.

Assim, GENE e PAUL conseguiram frear temporariamente o ímpeto rebelde de PETER e ACE. E cada um teve seu álbum lançado dentro do próprio KISS, cada qual com sua personalidade musical.

Posteriormente, em 1980, PETER CRISS deixou oficialmente a banda, embora tenha "aparecido" na capa do álbum Unmasked, lançado naquele mesmo ano. Ele foi substituído pelo saudoso ERIC CARR. 

Já ACE FREHLEY perdurou até 1982, embora tenha aparecido na capa do álbum Creatures Of The Night, lançado naquele mesmo ano. Ele foi substituído por VINNIE VINCENT.


Abaixo, meus breves comentários e faixas de cada álbum:

PAUL STANLEY - Todo o glamour da banda
Muitos dizem que esse foi o álbum solo mais "kiss" de todos. Repleto de faixas românticas, não traz nenhum "roquinho", mas tem faixas rápidas que pegam na veia de quem curte um Hard mais melódico ou um AOR


Esse vinil, mais o de GENE, eu comprei na extinta Eletrônica Westphalen, próxima a Avenida Sete de Setembro. Bons tempos.


GENE SIMMONS - tem até tema da Disney
Não tem como explicar" o disco solo do baixista do KISS. Lembro de, ao conseguir finalmente comprar o LP solo do linguarudo, chegar em casa para colocá-lo no toca-discos esperando algo "do mal". A introdução da primeira faixa - lembrando um filme de terror - parecia levar-me a algo denso como a conhecida faixa "God Of Thunder". Mas o que vem depois não traduz em momento algum sua personalidade demoníaca.


Um vez, GENE relatou que tinha a intenção de reunir os quatro integrantes dos BEATLES em seu disco solo, convidando-os a participar das faixas. Assim, haveria um disco com RINGO STARR, PAUL McCARTNEY, JOHN LENNON e GEORGE HARRISON que não seria necessariamente um álbum dos BEATLES. Segundo o baixista, apenas RINGO não aceitou. Difícil de acreditar nessa história, mas fica o registro...


ACE FREHLEY - o disco mais Rock
Não tinha como ser diferente: o integrante mais roqueiro da história do KISS fez o disco mais legal de todos. Mais rápido, cheio de solos incríveis, pra fazer arder e explodir as caixas de som. 


Lembro de ter comprado o meu LP do ACE na antiga Raridade Som, loja do Seu Clésius que ficava no fim da Rua Visconde do Rio Branco. Era um sábado, e gastei a agulha do toca-discos naquele dia.


PETER CRISS - melhor que o de GENE
Muitos não concordarão, mas PETER fez um álbum muito menos específico e, portanto, mais digerível que o do baixista. Composto de faixas mais easy, bons "roquinhos" e algum "Rock Lento". agrada mais os maiores de 40 anos. 


Lembro que comprei esse disco lá por 1992 em uma loja que existia no Shopping Sete. Dois colegas do ginásio que queriam ser bateristas, fãs de IRON MAIDEN e que não gostavam de KISS, foram lá em casa pra ouvir o LP achando que tratava se de um disco contendo exclusivamente solos de bateria (risos).


12 de setembro de 2018

REVIEW: 5ª FEIRA NACIONAL CURITIBA VINIL - 08/09/2018

A edição mais recente da Feira Nacional Curitiba Vinil rolou no último sábado (08/09) e comprovou o sucesso do evento vinílico capitaneado por Ronald, da Confraria do Vinil.

A realização da feira em um feriado intenso, com tempo bom durante o dia todo, fez com que a presença do público fosse ainda maior. Além das “figurinhas” presentes em toda e qualquer feira de discos, várias pessoas voltaram a marcar presença nesta feira. E muitas a fizeram pela primeira vez. Foi satisfatório ver tanta gente durante todo o evento.


Como muitos sabem, eu havia comunicado que não participaria mais de feiras de vinil como expositor. Além de não ser lojista e não poder renovar meu material como desejado, meus compromissos particulares e as dificuldades da vida monopolizaram minha cabeça e meu tempo. Contudo, as circunstâncias favoreceram minha presença na feira.

Sem meu “sócio de mesa” Bob Discotecário, que certamente estará na próxima edição do evento, levei quase todo o material que eu tinha disponível em vinil, incluindo uma coleção inacreditável de LPs do cantor SHAKIN’ STEVENS que inicialmente não estava a venda, mas da qual também “desapeguei”. Só ficaram de fora os TEN YEARS AFTER e ALVIN LEE que levarei para o túmulo (risos) além de poucos outros.

Cheguei bem mais cedo que o habitual e fiquei aguardando o público “invadir” a feira. Aproveitei para cumprimentar e bater um papo com os amigos vendedores: Ronald, Danilo, Benedito, Nei, Benedito Cesar, Ivo, Rey, Henri, Paulo, Andye, Fausi, meu xará Dennys e sua primeira dama Silvana, além do Reto (Clube do Vinil e Toca Discos de Curitiba e Região).

Fotos: Danilo Christopher / Lúcidos Delírios
Depois foi gastar o gogó, mais do que nunca. Pudera, com tanta gente boa e assuntos musicais... Foi uma grande satisfação bater um papo com colecionadores e visitantes como o sempre presente Lorenzo, o grande Alexandre “AC/DC”, o gente finíssima Luis (da prefeitura de SJP), DJ Marco Dusch, Cartola (sou fã desse cara), Mestre Edson, o avô com filhos e neto que falaram sobre KISS, DEPECHE MODE e U2, dentre outros.

Gostei muito do material disponível na feira. Penso que certos tipos de discos deveriam custar um pouco menos, mas mesmo assim as raridades disponíveis e os descontos dados pelos expositores compensaram o atual custo (e risco) de se comprar pela internet. Além dos bolachões, CDs, DVDs, camisetas, decoração temática, acessórios, brechó feminino e até degustação de bebidas.

Sinceramente minha expectativa de vendas não era alta, até mesmo pela menor quantidade de discos que eu possuo (comparada a de outros vendedores). Mas o sucesso de público também surpreendeu nas negociações. Foi a minha melhor feira, no que tange às vendas.

Um clássico do Golden Earring nas mãos
No final, os expositores puderam tirar uma foto profissional (Danilo Christopher) para registrar suas presenças no evento.

Um sábado especial.

Gostaria de agradecer mais uma vez ao Ronald pela oportunidade de vender em todas as edições da feira até então.