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30 de agosto de 2012

E AÍ, QUEM VAI NO SHOW DO ROBERT PLANT?

No dia 27 de outubro Curitiba terá o previlégio de receber uma das maiores lendas do Rock and Roll, Sir ROBERT PLANT. O ex-vocalista do LED ZEPPELIN e do THE HONEYDRIPPERS fará única apresentação no Teatro Guaíra. Ele será acompanhado pela banda THE SENSACIONAL SPACE SHIFTERS. Os ingressos começam a ser vendidos hoje.

Mas a oportunidade ímpar de assistir a um dos ícones do Rock mundial pode ser barrada por um fator: o preço dos ingressos. A proporção entre o custo para se trazer um cara desse e o número de cadeiras disponíveis inflacionou o preço dos bilhetes. Resumindo: R$ 840 na platéia, R$ 640 no 1º Balcão e R$ 460 no 2º Balcão.

Excuse me, Sir Robert, mas a sabugada vai ser um pouco maior (Foto:91 Rock)

Os fãs mais abonados apenas franzirão a testa na hora de abrir a carteira. Aos demais, sugiro que conversem com os gerentes de suas contas bancárias. Dizem que as taxas de juros baixaram muito...

Nem me perguntem se eu vou. Se eu gastasse uma grana dessa num único ingresso acho que minha mulher me dava um "Meet and Greet" com o JOHN BONHAN. Se é que vocês me entendem...


16 de agosto de 2012

PERCEBEU A DIFERENÇA?

Excelente matéria publicada no Instituto Ciência Hoje do portal Universo Online no fim do mês passado. Vale a pena conferir:

Por Celio Yano

Pessoas mais velhas costumam dizer que já não se faz mais música como antigamente. Estudo realizado na Espanha e publicado na semana passada (26/7) na revista Scientific Reports dá certa razão a elas.

Após analisar quase meio milhão de músicas populares do Ocidente – com ajuda de um computador, é claro –, pesquisadores descobriram que, apesar de haver padrões que se repetem em canções compostas entre 1955 e 2010, algumas características mudaram ao longo desse período. A saber: o volume das gravações é cada vez maior, a variedade de passagens de acordes é mais restrita e a complexidade instrumental, menor.

Substituição do disco de vinil por suportes digitais como o CD pode ter contribuído 
para a tendência de volumes cada vez maiores das músicas. (foto: Roger Kirby/ Sxc.hu)
Para os autores do trabalho, essa descoberta sugere que nossa percepção sobre o que é novidade na música pode ser guiada pelas mudanças nessas características. Por outro lado, há aspectos que se mantêm inalterados em composições populares das últimas cinco décadas. O mais notável é o uso de acordes (conjunto de notas) – ré menor com sétima (Dmin7), por exemplo, aparece em canções atuais com a mesma frequência que nos anos 1960.

“Se em uma nova composição tudo mudasse, não conseguiríamos associá-la a música – seria talvez apenas um ruído”, diz o engenheiro espanhol Joan Serrà, do Instituto de Pesquisa em Inteligência Artificial, do Conselho Nacional de Pesquisa da Espanha (IIIA-CSIC, na sigla em espanhol), um dos responsáveis pelo estudo.

“É preciso haver uma referência para os ouvintes basearem suas expectativas sobre o que está por vir; ao mesmo tempo, se eles souberem de antemão tudo o que vão ouvir, perderão o interesse pela música”, acrescenta. Para Serrà, a música é “um delicado balanço entre previsibilidade e surpresa”. A evolução musical ao longo da história refletiria essa receita.

Ajuda de computador

As informações sobre as canções foram obtidas do banco de dados Million Song Dataset, que, como o nome diz, reúne dados sobre um milhão de músicas populares contemporâneas. O estudo se baseou, mais precisamente, em 464.411 dessas gravações, todas com informações catalogadas sobre volume, frequência e timbre.

Gráficos mostram forma de onda de três diferentes gravações da música 'Black and White', de Michael Jackson: a primeira (acima), do álbum 'Dangerous' (1991); a segunda (no centro), de 'HIStory' (1995); e a terceira (abaixo), de 'The ultimate collection' (2007). Aumento progressivo do volume da música pode ser observado pela amplitude cada vez maior das ondas sonoras. (imagem: Song Yanbo/ Wikimedia Commons)
As músicas utilizadas na pesquisa pertencem a gêneros diversos, como rock, pop, hip hop, metal e eletrônico, e demorariam mais de três anos e três meses para serem ouvidas caso fossem executadas de forma contínua.

“Transformando uma grande quantidade de músicas em números que posteriormente são analisados por computador, podemos aprender muita coisa sobre as músicas que antigamente seria impossível notar”, explica Serrà. “Podemos compreender as canções de um modo que os ouvidos humanos não podem.”

Tendências

Uma das mudanças que vêm ocorrendo ao longo das últimas décadas que mais chama a atenção diz respeito ao volume das gravações, que é cada vez maior. Essa tendência já era aventada e tem até nome – loudness war (guerra do volume) –, mas até hoje não havia sido comprovada cientificamente.

A explicação é que as gravadoras procuram produzir discos com amplitude sempre mais elevada por considerar que uma canção com volume menor atrairá menos interesse do público. A atitude é criticada por fãs de música, porque, por outro lado, provoca distorções no áudio.

O fenômeno começou a ser mais bem observado nos anos 1980, com o advento do CD, que, diferentemente do disco de vinil e da fita cassete, armazena as gravações em formato digital. Nos meios analógicos, o aumento do volume não provoca grandes prejuízos à música, mas no suporte digital a gravação de sons com amplitude maior resulta em perda de qualidade.

Outra diferença observada pelos pesquisadores entre as canções antigas e as atuais é a variedade de passagens de acordes. “Por exemplo, em 1962, havia cinco possibilidades de transição a partir de Dmin7. Em 1999, só encontramos quatro.”

Finalmente, há uma mudança relacionada ao timbre (característica sonora que permite distinguir sons de mesma frequência produzidos por fontes diferentes). Segundo Serrà, as músicas estão mais ‘pobres’ em termos de variedade de instrumentos e técnicas de gravação, o que resulta em ‘texturas musicais’ mais simples. “A paleta timbral é mais estreita hoje do que há 50 anos.”

Para o pesquisador, as tendências descobertas objetivamente podem ser consideradas uma receita para se fazer uma música que soe como original. “Uma faixa antiga pode perfeitamente parecer moderna desde que se baseie em progressões harmônicas comuns e tenha a instrumentação alterada e o volume elevado”, diz.

 

13 de agosto de 2012

FIQUEI SEM FEIRA, MAS NÃO SEM VINIL

Sabendo que não poderia comparecer na última edição da Feira do Bolachão que rolou anteontem resolvi passar na Só Música, a loja de discos do meu amigo Clóvis Cordeiro. Como a grana tá curta o negócio foi "peneirar" e optar por variar um pouco na escolha.

Apesar de poder levar apenas quatro LP's, gostei das escolhas. E por isso recomendo:

Q'65 - Afghanistan (1970)


Para quem curte um Rock setentista mais psicodélico (não é exatamente a minha praia) o disco desses holandeses é uma boa opção. Apesar de pertencer ao lado mais "viagem" daquela década, o grupo chegou a ter um single ("You're the Victor") lançado em 1966 com produção do genial PETER KOELEWIJN (o cara que produziu e compôs para a banda LEFT SIDE). O lado B traz a fodástica "Rock and Roll Medley". A capa é linda e psicodélica como o som dos caras.


RAMONES - Subterranean jungle (1983)


Não tenho o que falar sobre os RAMONES. É uma das bandas que mais admiro. Esse é o sétimo disco lançado pelos caras. Considero o tracklist bastante linear (Rá!). Destaque para as faixas "Time Bomb" e "Psycho Therapy".


ACCEPT - Kaizoku-Ban (1984, 1985)

 
O mundo do "Rock Pauleira" tem muitos reis e o ACCEPT é um deles.  Esse album reúne seis pancadas ao vivo, com UDO DIRKSCHNEIDER matando nos vocais. "Head Over Heels" é uma das faixas. Vinil lançado na série nacional "Heavy Metal Heart".


BILLY IDOL - Cyberpunk (1993)

 
Sou fã de BILLY IDOL, também conhecido como "o cover do Supla no restante do mundo". lol. Muitos consideram esse album uma porcaria e estão certos (risos). Totalmente "eletrônico", o disco pouco se aproxima dos bons tempos do cantor. O vinil é duplo e valeu pelo preço. Ainda assim, a faixa "Shock to the System" parece salvar a lavoura.


9 de agosto de 2012

5ª FEIRA DO BOLACHÃO EM CURITIBA

Aviso de última hora: neste próximo sábado (11) será realizada a quinta edição da Feira do Bolachão no Canal da Música, aqui em Curitiba. 

 
No mesmo formato das últimas edições, o evento terá vendedores de discos de vinil do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, além de lanchonete e DJ's ao vivo. 

Mas atenção: só haverá feira no sábado. Aliás, tal fato inviabilizará a minha presença, lamentavelmente.

Já que não poderei ir, faça-me um favor: vá e confira a quinta edição desta excelente opção para o seu fim de semana. Melhor do que assistir a ginástica ritmica dos jogos olímpicos.


Depois me contem como estava.


ROCK DE LUTO: CELSO BLUES BOY

Faleceu nesta semana (06) o guitarrista CELSO BLUES BOY. Ele tinha 56 anos e teve cancer na garganta. O músico estava morando em Santa Catarina há cerca de uma década.

CELSO foi o legítimo representante do Blues no Brasil. Em um país onde a música descartável impera, lançou mais de uma dezena de discos, criou inúmeros clássicos do estilo e acabou se tornando amigo de seu maior ídolo: BB KING.

O BLUES BOY definiu-se bem quando disse: "Eu era uma alternativa no meio do escracho da música pop". Uma imagem marcante do músico era o cigarro entre as cordas da guitarra. Lembro de assistir um show dele onde uma fã se aproxima da frente do palco e traga o cigarro pendurado no instrumento.

Abaixo, dois vídeos: uma execução antológica de "Aumenta que isso aí é Rock 'N' Roll" em 1985 e um show recente lançado no DVD "Quem foi que falou que acabou o Rock 'N' Roll?" gravado no Circo Voador.




Descanse em paz, BLUES BOY.

5 de agosto de 2012

COLECIONADORES DE KISS: ALGUÉM QUER FALAR SOBRE ISSO?

Na semana passada (27) um disputado leilão no eBay chamou a atenção: um disco de vinil do KISS foi arrematado pelo valor de US$ 425,00 (R$ 857,10) após dez lances.
Mas o curioso não foi ver uma dezena de pessoas se amontoando na internet para pagar quase milão em um LP, mas saber que tratava-se de uma versão "híbrida" de um bootleg do disco Creatures of the Night. Ou seja, um pirata do pirata.

Explico: a capa do disco em questão é a última pirataria brasileira do KISS. Ela foi "inventada" nos anos 2000 e traz o vinil original lançado em 1982. Porém, a imagem de ACE FREHLEY contida no lançamento tradicional foi substituída por uma versão com VINNIE VINCENT, guitarrista que gravou de fato o album e tocou com a banda na turnê que passou pelo Brasil no ano seguinte.

Entretanto, o produto disponibilizado pelo usuário do site de leilões traz um lindo vinil de cor azul, o qual certamente não foi lançado no Brasil.
 
 
Pergunto: alguém já havia visto esse LP improvisado nessa capa tupiniquim anteriormente?