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6 de março de 2010

REVISTA ISTO É DINHEIRO TRAZ MATÉRIA SOBRE A VOLTA DO VINIL

Para quem achava que o assunto era fogo de palha, a Revista Isto É Dinheiro traz na sua última edição uma matéria interessante sobre a restruturação da Polysom e a fabricação de discos de vinil no Brasil. Segue o texto:

A VOLTA DO BOLACHÃO
Em plena era digital, os velhos LPs de vinil ressurgem com força. No Brasil, a fábrica da Polysom é reaberta e quatro discos são lançados em março.
Não poderia ser mais irônico. Ao longo do tempo, desde o fonógrafo até a era digital, com o iPod e os downloads, a história do consumo de música pode ser resumida como uma busca por tornar as canções cada vez mais acessíveis e disseminadas. Mas ao mesmo tempo em que o desgastado CD vive seu crepúsculo, o disco de vinil experimenta uma inesperada ressurreição.
 
Nos Estados Unidos, o bolachão, como é conhecido, tornou-se o formato que mais cresce na preferência do público. Desde 2006, as vendas praticamente triplicaram. Só no ano passado foram comercializados 2,5 milhões de LPs, o maior número desde que a Nielsen Soundscan iniciou esse acompanhamento em 1991. A partir de março, é a vez de o Brasil entrar nesta onda. A gravadora independente Deckdisc vai lançar quatro LPs. A primeira fornada dos novos vinis traz trabalhos de Pitty, Fernanda Takai, Nação Zumbi e Cachorro Grande. 
 
O responsável pela volta dos antigos LPs é o empresário João Augusto, dono da Deckdisc e responsável pela reabertura da Polysom, atualmente a única fábrica do gênero na América Latina. Em 1995, João era vicepresidente da EMI e comandou o fim da produção de discos de vinil da gravadora. Agora, ele quer voltar a ganhar dinheiro com os antigos bolachões. “Vamos atender todas as gravadoras com a fábrica de LPs”, afirma ele. Encomendas do Chile e da Argentina já foram feitas. 
 

A EMI, por exemplo, planeja lançar, em 2010, toda a discografia da Legião Urbana em vinil. A capacidade produtiva da fábrica é de até 40 mil unidades por mês, sendo 28 mil LPs e 12 mil compactos. O preço de cada disco deve ficar na casa dos R$ 80. Alto, é verdade. Mas até agora a única opção era produzir os discos fora do Brasil. Neste caso, o custo para o consumidor ultrapassa os R$ 100. “Hoje em dia, as gravadoras precisam diversificar e se reinventar a todo instante”, acredita João Augusto.

Ninguém defende que o vinil voltará a ser o principal suporte para a música desbancando o digital e a internet. Seu futuro, no entanto, parece hoje muito mais garantido e seguro do que o do próprio CD.
    

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