Poucas palavras podem definir a apresentação de PETER FRAMPTON na terra das araucárias. Eu escolhi uma: Antológica.
A divulgação para o show e as vendas de ingresso começaram no dia 23 de agosto. A mídia pouco explorou a vinda de FRAMPTON, que veio divulgar seu novo disco chamado Thank You Mr. Churchill. Além dos roqueiros curitibanos de plantão, o público ficou mais caracterizado pelos quarentões e cinqüentões presentes. O fato de o guitarrista ter conquistado um Grammy em 2007 com o album instrumental Fingerprints também atraiu o "Jet Set" curitibano (eca). Tanto que no espaço anexo as bilheterias ocorreu evento de uma empresa automobilística francesa, regado a muito espumante.
Aos poucos uma fila foi se formando na entrada do Guairão. As portas foram abertas às oito e vinte. No Hall de entrada era possível tirar fotos com um display de FRAMPTON em tamanho natural. Também foi possível comprar CD’s (O novo Thank You Mr. Churchil por R$ 20 e o duplo Frampton Comes Alive por R$ 50) além de fotos originalmente autografadas pelo guitarrista (não eram prints).
Aos poucos uma fila foi se formando na entrada do Guairão. As portas foram abertas às oito e vinte. No Hall de entrada era possível tirar fotos com um display de FRAMPTON em tamanho natural. Também foi possível comprar CD’s (O novo Thank You Mr. Churchil por R$ 20 e o duplo Frampton Comes Alive por R$ 50) além de fotos originalmente autografadas pelo guitarrista (não eram prints).
Com pouco atraso, o espetáculo começa com “Four Day Creep”, clássico do HUMBLE PIE (primeira banda de FRAMPTON) cantado pelo tecladista e guitarrista ROB ATHUR. Em seguida, vieram os clássicos “It’s a Plain Shame” e “Show Me the Way” com a sensacional Talk Box (equipamento usado para refletir o som da guitarra nos vocais). Esta música foi executada em uma versão mais embalada e surpreendeu bastante o público.
PETER brincou bastante com os curitibanos. Tossiu propositadamente com o gelo seco que tomava conta do palco e gesticulou como se não pudesse enxergar a platéia. Depois perguntou se alguém ali falava inglês (se mostrou aliviado quando obteve a resposta desejada). Em seguida fez a propaganda do novo disco, demonstrando um exemplar do vinil duplo (o qual foi motivo de cobiça da galera). Mais adiante foi a vez do guitarrista mostrar seu brilhantismo com músicas instrumentais do disco Fingerprints, as quais foram tocadas com extrema naturalidade.
A qualidade da banda que acompanha o guitarrista é indiscutível. JOHN REGAN, companheiro de FRAMPTON há mais de duas décadas, mostrou porque pode ser considerado um dos melhores baixistas do mundo. Aliás REGAN arremessou as únicas palhetas a que o público teve direito (talvez duas ou três). O baterista DAN WOJCIECHOWSKI foi impecável. O guitarrista ROB ARTHUR foi ótimo nos teclados e ainda fez um excelente acompanhamento no violão durante outras músicas. Enquanto isso, ADAM LESTER mandou muito bem nas seis cordas.
A banda seguiu com a recente “Vaudeville Nanna and the Banjolele”, música do novo disco que havia saído do setlist em outros shows da tour. ADAM LESTER acompanhou FRAMPTON em um “cavaquinho”. Logo depois veio o espetacular cover de “Black Hole Sun”, clássico do SOUNDGARDEN.
Após a balada “Baby I Love your Way” veio “(I’ll Give You) Money”. Foi o momento do show onde se percebeu definitivamente a qualidade acústica do local. Valeu o ingresso! Em seguida FRAMPTON executou o hino “Do You Feel Like We Do” onde brincou com o público em sua Talk Box. Ao final da música, a banda agradeceu e se retirou. A galera não deixou por menos e ecoou o nome do guitarrista nas dependências do teatro.
Para o bis, o guitarrista executou “Breaking All the Rules”, uma de suas músicas mais esperadas. O público simplesmente foi ao delírio. Para quem não sabe, essa faixa foi tema dos comerciais dos cigarros Hollywood (o sucesso) nos anos oitenta e marcou uma geração de roqueiros. Aliás, o papelão da noite ocorreu no início dessa música, quando uma jovem senhora invadiu o palco para agarrar PETER FRAMPTON. Os seguranças agiram rapidamente e a maluca empolgada fã foi contida a tempo.
E, pra encerrar, o clássico dos BEATLES “While My Guitar Gently Weeps”. Certamente essa será uma das noites mais lembradas por todos os presentes.
Para mim, a realização de um sonho. Afinal, foi uma de minhas primeiras influências musicais.
Para mim, a realização de um sonho. Afinal, foi uma de minhas primeiras influências musicais.
Thank You, Mr. Frampton!
PETER FRAMPTON:
PETER FRAMPTON – Guitarra, Voz e Talk Box;
JOHN REGAN – Baixo e Teclados;
ADAM LESTER – Guitarra e “Cavaquinho”;
ROB ARTHUR – Violão, Guitarra, Teclados e Voz;
DON WOJCIECHOWSKI – Bateria.
MÚSICAS:
Four Day Creep
It’s a Plain Shame
Show me the Way
Lines on my Face
Restraint
Float
Boot it up
Double Nickels
I Wanna Go to the Sun
Off The Hook
All I Wanna Be (is by your side)
Vaudeville Nanna and the Banjolele
Black Hole Sun
Nassau / Baby, I Love your Way
(I’ll give you) Money
Do You Feel Like We Do
Breaking All the Rules
While My Guitar Gently Weeps
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