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18 de janeiro de 2010

A SUPREMACIA DO DISCO DE VINIL

O disco de vinil é uma mídia analógica de áudio que começou a ser comercializada em 1948. Se tornou popular com a indústria da música que surgiu na metade do século passado. Também é chamado de Long Play (LP) ou bolachão.

A forma mais conhecida do disco de vinil é no tamanho doze polegadas (12”) como Long Play (LP) ou Extended Play (EP). Também teve sua fabricação em tamanho menor, com sete polegadas (7”) para os chamados singles ou compactos e no tamanho dez polegadas (10”).

Dono absoluto do mercado musical e tendo a fita cassete como possível algoz, o disco teve seu reinado ameaçado com o advento do Compact Disc (CD) no fim da década de 80. A mídia digital prometia ser muito mais prática, com melhor qualidade de som e maior capacidade de armazenamento. Tais pontos foram suficientes para a indústria da música deixar o vinil de lado e aderir a “bolachinha”.

Assim, o mercado do CD invadiu o mundo a partir da metade da década de 90. As pessoas passaram a considerar o vinil grande, desajeitado, coisa do passado. Porém, com a popularização da mídia e da internet, a música foi praticamente banalizada, podendo ser “consumida” até mesmo sem uma mídia física. As grandes gravadoras sentiram o golpe. As vendas de albuns despencaram. As grandes lojas de CD que invadiram o mercado nos anos 90 simplesmente desapareceram. Numa tentativa de retomar as vendas a indústria ensaia uma volta em larga escala ao disco de vinil.

Mesmo na época do CD o vinil continuou sendo fabricado, porém em pequena quantidade, justamente para atender a um determinado públlico. Este, por sinal, cresce a cada ano. E não se trata apenas de nostalgia. Artistas que fazem música para adolescentes também aderiram ao vinil. Os consumidores do bolachão, predominantemente roqueiros, nunca deixaram de adquirí-los, seja pela raridade do exemplar, pela tiragem limitada ou arte diferenciada, como o Picture Disc. Em sebos, lojas especializadas, feiras periódicas ou através da internet, as vendas de vinil aumentam a cada ano. Pesquisa feita nos Estados Unidos aponta um aumento de 33% nas vendas em 2009, com relação ao ano anterior.
 
 
Afinal, porque o vinil tem esta força? Como ele consegue atingir várias gerações simultaneamente? Simples: Porque ele tem alma. Não se trata apenas de uma mídia grande. Um disco sempre estará acompanhado de uma bela capa (simples ou dupla) e um encarte, o que o torna uma obra de arte única. O ato de ouvir um disco de vinil acompanhando os detalhes da capa e informações adicionais talvez seja tão sofisticado quanto apreciar o mais caro dos vinhos.

No Brasil, o primeiro grande passo para a volta das bolachas foi dado. Em dezembro de 2009, a Polysom anunciou a conclusão de sua reforma. Trata-se da única fábrica de discos de vinil da América Latina, localizada no interior do estado do Rio de Janeiro, totalmente restruturada. Isso significa que o vinil terá condições de circular com força em nosso país, atendendo aos novos artistas e possibilitando relançamentos.

A volta triunfal do disco de vinil é apenas um sinal de que nem todas as pessoas querem praticidade ou modernidade: Muitas querem arte.
 

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