No último dia 02, os quatro atuais integrantes do KISS fizeram o último show de suas vidas pela banda. A derradeira apresentação foi em Nova Iorque, no lendário Madison Square Garden.
Embora o KISS já tenha realizado (e furado) turnê de despedida anteriormente, parece que dessa vez a decisão é final. Alguns fatores corroboram pra isso, como a idade dos caras, o desgaste da voz do guitarrista PAUL STANLEY e, talvez, a necessidade de mais tempo pra gastar tanto dinheiro (risos).
De qualquer forma, utilizo este post para deixar o meu agradecimento à banda. Isto, pois, para mim, o KISS foi a porta de entrada para o mundo do Rock And Roll.
Ainda nos anos 1980, meu pai tinha uma fita cassete TDK DC60 (eu ainda a tenho guardada!) com músicas extraídas de alguns LPs, dentre eles a coletânea Rock Esperto, da Som Livre (alguma semelhança com a capa do blog?). Um dos lados da K-7 tinha, na sequência, as faixas "Rock And Roll All Nite" (do KISS) e "Mamma Mia" (do LEFT SIDE). Eu simplesmente pirava quando ouvia essas duas músicas, algo transcendental. Mesmo sendo uma criança, eu compreendia claramente o poder daquelas trilhas. A piração era tamanha que eu vivia pedindo ao meu Tio Edson que emprestasse seus LPs do KISS. Ele era fã da banda, tendo, inclusive, ido a um dos lendários shows do KISS no Brasil em 1983.
Tempo depois, quando eu estava cursando o ginásio, minha turma foi transferida de sala. O novo espaço tinha apenas carteiras de braço. Em uma delas, havia um enorme adesivo de banda de Rock. Aquilo mexeu com toda a piazada. Parecia um feitiço. Do nada, um falou que gostava de IRON MAIDEN. Outro mencionou o GUNS ‘N’ ROSES. Quando perguntado, eu disse que a banda com a qual eu mais me identificava era o KISS. A partir de então, a Kissmania elevou-se para outro nível.
Paralelo a isso, comecei a conhecer outras bandas, mas sempre “fiel” aos caras pintadas. Tive uma das mais variadas coleções de itens do KISS, alguns bem raros. Nos anos 2010, porém, tive que vender toda a minha coleção de discos por motivo de força maior. Isso foi frustrante, mas não um problema, já que a música havia deixado de ser algo “físico”. A minha “playlist” já estava além de qualquer coleção.
Hoje, o Rock é meu hobby, minha cultura, minha válvula de escape. Impossível viver sem ele.
Confesso que hoje o KISS não ocupa o mesmo espaço na minha vida musical, até mesmo porque aprendi a gostar de muita coisa. Mas certamente guardarei com carinho as lembranças da minha adolescência militante, quando botava os LPs Destroyer e Creatures Of The Night para tocar no último volume naquele quartinho repleto de pôsteres.
O artista passa, a obra fica.
Obrigado, KISS!
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